terça-feira, 28 de setembro de 2010

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Leitura inspirada/Texto poético/Haikai

A cidade educadora

O ônibus passa apressado na madrugada
Rumo ao terminal
Rumo ao centro da cidade
Rumo ao destino dos passageiros

A cidade dorme o silencio de pedra
Sua fome de amor
Sua sede de esperança
Sonho de futuro

Quando amanhece
Uma nova realidade aparece
Agindo, explodindo, agitando
Permeando nossas vidas.

HAI-KAI

Goiânia, florada de ipês
Cidade educadora
Esta é a proposta.

Questões

1 – A escola deve eliminar a distancia entre os seus processos pedagógicos e aqueles que a cidade possui (pág. 58). De que forma nós estagiários podemos contribuir neste projeto?
2 - De acordo com a Carta das Cidades Educadora, a cultura e a educação devem ter prioridades no recebimento de investimentos é o que os cidadãos poderão desenvolver seus potenciais (pág. 59). Como potencializar na arte esses objetivos?
3- Como trabalhar a multiculturalidade na arte?
4 – Como levar os pais a participar das atividades desenvolvidas na escola visando uma educação cidadã?
5 – De que forma a escola pode dialogar com sua comunidade, numa prática educativa cidadã, ressaltando a valorização da cultura e da identidade do grupo?
6 – Qual a diferença entre estágio no espaço formal e informal?
7 – É possível realizar estágio como pesquisa? E pesquisa como estágio?
8 – O estágio é o elemento articulador entre a relação teoria e prática. Qual a contribuição do estágio para a nossa formação enquanto futuro professor?
9 – O estágio é um componente de grande importância para a construção da identidade profissional do futuro docente. Aliada as questões da “cidade educadora”, de que forma o estagio em espaço informal irá contribuir para esse novo perfil de profissional?
10 – A idéia de transformação da realidade esta diretamente ligada a formação do professor. Que competências? Que formação?
11 - “... a cidade, a cultura do lugar, seus habitantes, seus ofícios e seus profissionais, mestres enquanto um conjunto que constrói espaço, espaço que se constitui na confluência de pessoas, do trabalho, de seus modos de ser e de operar naquele lugar” (pág. 69). Diante do exposto, como contribuir para uma formação voltada para a participação social, para o direito a cidadania?
12 - Quais seriam os espaços onde ocorrem os processos de educação não formal/informal/não escolar, na cidade educadora?
13 - De que forma o arte educador pode dar sua contribuição numa cidade educadora? De que forma? Em quais espaços?

sábado, 11 de setembro de 2010

Disciplina: Questões multiculturais para o ensino de arte - Resumo da Unidade 1 – Por que pragmatismo? Imaginado novas formas de ensino da arte

Este artigo não tem o objetivo de divulgar as idéias filosóficas do pragmatismo. Porém apenas abordar os desafios da educação artística atual e repensar sua renovação numa perspectiva crítica em relação à ditadura do método.
Buscando soluções para os problemas do ensino da arte, encontrei de modo circunstancial as idéias de Rosty, Dewey, Shusteman ou Greene. Estes autores me ajudaram a ter um novo olhar, mudar as metáforas, permitindo aprofundar em formas de entender o ensino de arte. Questões do pragmatismo, como o questionamento do instituído.
Dewey e Shusterman afirmam que cada teoria da arte é uma resposta intelectual a certas condições socioculturais e as perplexidades diários, que nos convidam a deixar os conceitos e ir em busca de novas teorias que traga resposta para inquietações do nosso tempo.
A impossibilidade da verdade, no pragmatismo, proporciona ao educador a possibilidade de construir seu próprio discurso com base em suas idéias e experiências. O pragmatismo aceita o uso de expressões menos usuais de expressão do conhecimento.
A proposta de Dewey que concebe arte como experiência, dando a possibilidade de enquadrar as práticas culturais e a experiências estéticas daqueles que ensinam arte.
Um dos dilemas da educação artística esta no fato de que os professores são formados para valorizar a estética refinada da aristocracia, porém vive em seu cotidiano experiências culturais muito distantes dessa realidade.
Para pensar a arte como experiência e relato aberto, é preciso tirar a dimensão transcendental. A abordagem feita com um resumo de experiências, que possibilita infinitas interpretações, pois seu valor e sua essência esta na atividade experimental a qual foi criada, é observada e utilizada.
Para conceber as obras de arte como relato aberto pressupõe neutralizar seu caráter elitista, alegando seu grau de aceitação, legibilidade e aceitação pela maioria.
Experimentar a obra de arte em seu contexto histórico e cultural, aceitando que seus significados podem ser alterados com a mudança dos hábitos e da realidade que influenciaram nossas experiências.
Experiências tidas como evolução da lógica e da razão foram nada mais que estratégias empregadas com práticas de existência. Implicando alterar a história d arte, concebida atualmente como estilos, fechados, para ser visto como jogos metafóricos, que vem e vão, em função de contingências históricas e culturais.
Compreender as obras de arte em termos de experiência de vida, considerando o que é mais valioso e significativo e nossas experiências diárias. Permite ao educador relacionar e dar continuidade as formas refinadas e intensas, que é a obra de arte e os acontecimentos, a constroem a experiência cotidiana.
Para Dewey, ter continuidade entre experiência estética e artes é romper com concepções fragmentadas das belas artes. Para Shusterman, Dewey rompeu com a dicotomia, com a continuidade de um conjunto de noções binárias e distinções genéricas tradicionais.
Assim, as concepções estéticas trazem para o trabalho do educador a tarefa de promover e estimular a continuidade entre formas refinadas e intensas da experiência (obra de arte), e a experiência do cotidiano. Dessa forma, encontrado a delimitação do campo de estudo, esta é a razão pela qual se deve incluir em seus estudos a cultura visual. Não há contradição nesse aspecto. Estudos de cultura visual abriram para pesquisas de arte e reconhecimento para as experiências estéticas da maioria da população.
Para Shusterman, o projeto pragmatista para a arte não é abolir a instituição da arte, mas transformá-la. Primeiro abrindo para outras formas de produção estéticas. Segundo, porque “precisamos de uma abertura maior para a grande arte promovendo uma agenda ética e sócio-politica progressista” (Shusterman,2002:185).
O estudo da cultura visual como um campo alternativo é distinto do estudo da arte culta. Para essas formas culturais de experiências, nenhum tipo de arte é insignificante. E com grande potencial didático.
Ainda hoje, a arte erudita é utilizada como instrumento legitimador de certas ideologias hegemônicas e reforçador do status quo de uma aristocracia culta. Por isso a necessidade de uma agenda ética. Por isso é interessante o diálogo, a dialética, articulador desses campos de confronto no ensino de arte, pensar modelos pedagógicos para abordar esses temas.
Compreender a cultura visual na perspectiva da experiência é apenas uma resposta aos problemas de hoje. Todas essas manifestações são respostas as necessidades de expressão cultural e estética, mediadas por um contexto que lhes dá sentido.
Essas respostas podem ser usadas para revitalização e como começo de suas próprias experiências, podem sofrer análise crítica e desconstrução em relação as redes de poder.
A estética de Shuterman (2002), representa o fracasso do projeto modernista para superar o rompimento entre a arte culta e a vida. Projetos de integração entre a vida cotidiana e as expressões artísticas populares fracassaram, aprofundando ainda mais as diferenças entre os usuários das artes eruditas e populares. Foram absorvidos pelo sistema, separando ainda mais aristocracias culturais e a população culturalmente submissa. Para Shusterman, quando a arte erudita se opõe a arte popular, surge um novo cenário para o rompimento desta hegemonia cultural e a transformação da concepção de arte.
A arte popular esta inserida no debate da estética contemporânea. Para o autor do texto, a análise de Shuterman é precisa, porém incompleta, pois não é a razão do fracasso e mudar o objeto de estudo ou incluir novas formas culturais , implica mudar sua utilização. A modernidade nos mostrou a capacidade fagocitária das instituições de arte, em incluir em seu meio o oposto.
E poderia acontecer o mesmo com a arte popular, ser fagocitada pela estética burguesa. É necessário mudança no olhar pela educação, onde freqüentemente se pretende que uma substituição no currículo represente um novo conceito de educação.
A estética pragmatista pode auxiliar na mudança do foco, direcionando para a experiência. O encontro da arte com a vida resulta do uso que fazemos dele.

Bibliografia
Ariaga, Imanol Aguirre. Por que pragmatismo? Imaginado novas formas de ensino da arte.Apostila do curso. UFG.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Resumo em forma de tópicos da Unidade 1 - A cidade e suas possibilidades Estágio Supervisionado

O estágio supervisionado 2, nos deu oportunidde de reavaliarmos nosso olhar sobre a prática docente e reconstruirmos nossa prática docente com outros paradigmas conceituais , teorico prático, utilizando de mapeamento, cartografias e metáforas conceituais.
Nos aproximando e compreendendo a escola, especificamente a sala de aula, como espaço educativo, de educação formal.Refletindo sobre esse espaço e fizemos uma intervenção pedagógica.
A partir dessa intervenção elaboramos relatórios, registros descritivos de nossas percepções. Dessa forma, acreditamos que construimos conhecimento.
O estágio supervisionado 3, propõe uma experiência para além dos muros da escola, teremos a cidade como referencia para elaborarmos projetos de ação educativa.Iremos refletir sobre a relação cidade, cultura e cidadania, observando e registrando.
Entendemos a cidade como um lugar físico, afetivo e simbólico, como organismo vivo e dinamico, construida ao longo do tempo por seus habitantes.
E propõe pensar e discutir a cidade como espaço urbano, na lógica não capitalista, pré-capitalista e de produção capitalista. Pensar nas contradições espaciais, desconstruções e (re)territorializações. E a racionalidade do modo de produção capitalista e a contra-racionalidade.
E pensar a cidade como educadora, que resiste a práticas e tendencias individualista. Que abriga, produz e reproduz culturas. Que busca uma educação para a vida, uma vida melhor para seus habitantes.
Os registros etnográficos propõe interpretar a arte a partir de seu contexto, favorecendo uma compreensão maior, com análise crítica do sistema de produção e dos valores nela refletidos.
E propõe a noção de perturbamento no familiar, ou seja, um outro olhar sobre a cidade, procurando desconstruir discursos e imagens caracterizadores, buscando visualidades, territorialidades, espacialidades, numa perspectiva multicultural crítica.
Concluindo, toda cidade educa e forma , pois é resultado de um processo cultural, histórico e social. Por isso devemos ter um olhar crítico, reflexivo, sensível e apurado para o contexto e o meio ambiente desse espaço que estamos estudando. E principalmente registrar de diversas formas todos os acontecimentos do exercício etnográfico.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Intervenções na cidade

Para desenvolver meu trabalho pesquisei a artista plástica Niki de Saint Phalle e a Carta das Cidades Educadoras.
A artista plástica Niki de Saint Phalle, Phalle ou Catherine-Marie-Agnès Fal de Saint Phalle, em 29 de outubro de 1930 e faleceu em 21 de maio de 2002, foi uma pintora escultora e cineasta francesa. Se destacou usando a técnica do papel machê.
Escolhi o tema "As Nanás", em frances "moças", são moças alegre, livres, coloridas, feitas de lã, fibra de algodão, papel machê e tela de arame, as Nanás são grandes bonecas que representam o mundo feminino, discute o papel da mulher na sociedade. As primeiras foram feitas em 1965 e lhe deram fama. Algumas de suas intervenções, com as Nanás foram em locais públicos, praças arborizadas. Não a conhecia, pesquisei na internet sua biografia, seus trabalhos e exposições.
Com base nessa idéia, busquei as praças da cidade de Goiânia. Algumas bem cuidadas outras nem tanto, algumas desprezadas pelas autoridades e pela população. São locais de convívio entre as pessoas e que deveria haver um sentimento de pertencimento de fato a esse espaço e de esse espaço lhes pertencerem. São bens públicos de uso coletivo da população, mas que é necessária uma ação educativa e prática e uma política de conservação, intervenção no espaço público, que se traduz num convite de permanência e interação neste mesmo espaço.
Sabemos que a população urbana, em sua maioria, esta privada ou limitada – em virtude de suas características sociais, culturais, étnicas, de gênero e idade – de satisfazer suas necessidades básicas. Por isso, a preservação depende, em grande parte, da conscientização da sociedade na valorização destas praças e de suas responsabilidades na conservação e no planejamento urbano. E assim terão um novo ponto de vista sobre a cidade.
A “carta das cidades educadoras”, ressalta a importância da melhoria da qualidade de vida local, compatibilizando os objetivos para a economia, o social, cultural e ambiental, impulsionando ações concretas. É a participação popular para o desenvolvimento da cidade, refletindo permanente para potencializar a cidade como espaço educador. Ou seja, a cidade educando o cidadão através de ações de cooperação de forma solidária, o diálogo, tolerância, respeitando a diversidade cultural, em condições de igualdade. Sejam elas iniciativas inovadoras ou de cultura popular. É a democracia participativa.
" A cidade será educadora quando reconheça, exercite e desenvolva, além de suas funções tradicionais (econômica, social, política e de prestação de serviços) uma função educadora, quando assuma a intencionalidade e responsabilidade cujo objetivo seja a formação, promoção e desenvolvimento de todos seus habitantes, começando pelas crianças e pelos jovens." (Fragmento da Introdução da Carta das Cidades Educadoras, Declaração de Barcelona, 1990).
As intervenções de artes visuais ao ar livre, o objetivo é ocupar espaços, é fazer com que a população se aproprie do espaço urbano. Nas cidades têm muitas possibilidades de educar a população, escola, ONGs, associações de bairro e espaços comunitários, outros.
As minhas “Nanás” são magras, não tão alegres e coloridas, como as de Niki. Porém muito elegantes. Utilizei recorte e colagem de fotografias encontradas em jornais locais.
O que chamamos de intervenção, nada mais foi do que levar o artista até a praça para que a população conheça o seu trabalho e participe também da criação das obras. E o objetivo quase sempre é provocar a comunidade, desafiar todos a terem um novo olhar.