domingo, 15 de agosto de 2010

Criatividade nas artes plásticas - Simone e Eleusa

A questão da criatividade nas artes plásticas sempre esteve presente ao longo de sua história, com significados distintos para diferentes períodos e contextos históricos e usos da arte.
E Fayga Ostrower questiona sobre a questão da grande valorização da criatividade na arte, mito ou ideologia? O Conceito de gênio criador varia de acordo com cada época histórica e como cada sociedade compreende a função da arte.
O que é ser criativo, para alguns é olhar as mesmas coisas, que todos olham, porém ver e pensar algo diferente. Ou seja, ser capaz de produzir idéias originais e úteis e solucionar problemas do cotidiano.
E a valorização do artista variando de acordo com sua função na sociedade. E Hannah Arendt em seu livro “A condição humana” discute o conceito de trabalho e sua relação com o campo da arte, a partir de três categorias: labor, trabalho e ação.
O labor, processo biológico do corpo humano, se refere ao bom funcionamento biológico do ser humano, a sua sobrevivência como espécie. O trabalho (HOMO FABER) artificialismo da existência humana, se refere à produção das coisas materiais de nossa mundanidade, produz e conserva as técnicas, os artefatos para sua utilização e fruição. E a ação (PRÁXIS) mediação das coisas e da matéria, se refere à preservação da cultura, história e política, a ação de interação. É imaterial e são as memórias e esperanças. São atividades estruturais da vida social e que assumem valores diferenciados de acordo com cada momento histórico.
Para alguns uma obra de arte só é arte se provocar nas pessoas emoções estéticas, que seja significativo. Porém não é suficiente. Mas quando uma obra é arte? Para a sociedade hoje, quem diz que uma obra é arte é o especialista, aquele que atua no mercado de arte.

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